16 /
fevereiro / 2012 - 11:06
“Amor
Eterno Amor” deve tratar de espiritismo e bruxarias
Globo prepara nova novela espírita
para divulgar doutrina
A rede
Globo de Televisão, a maior emissora da América Latina, parece querer agradar
os evengélicos nos últimos tempos. Depois de contratar vários “artistas gospel”
e levá-los para se apresentar em seus programas, muitos acreditaram que algo
tinha mudado na emissora. Não mudou.
Autora de
duas outras novelas na Rede Globo, a escritora mineira Elizabeth Jhin, 63, a
partir de 5 de março terá uma nova oportunidade de ensinar pela TV a “doutrina espírita”.
Ela já
foi ao ar com “Eterna Magia” (2007), que tratava sobre bruxas vivendo em uma
fictícia cidadezinha na década de 1930. Já “Escrito nas Estrelas” (2010),
contou a história do mocinho que era um “espírito desencarnado”. Foi então que
Elizabeth bateu recordes de audiência e se firmou como “autora
espiritualista”. Esse deve ser o tema de sua nova novela que vai ao ar às 18
horas.
Durante
entrevistas recentes, a autora revelou sua paixão por Ivani Ribeiro, outra
novelista espírita que, entre outros sucessos, escreveu “A Viagem”.
Tentando
explicar a história da nova novela, ela diz que vai falar do fenômeno conhecido
como “crianças Índigo”. Segundo ela são “crianças do novo milênio que, do ponto
de vista espiritualista, vieram com um DNA diferente, com a missão de
tornar o mundo melhor. Todas têm características especiais, sensibilidade e, às
vezes, paranormalidade”.
A
personagem da atriz-mirin Klara Castanho,10, conseguirá ver e prever coisas,
sempre guiada pelo espírito Lexor (Othon Bastos). Gabriel Braga Nunes terá dons
especiais, com bichos. Ele viverá um domador de búfalos, e conseguirá
amansá-los só com um gesto. Ambos seriam “Índigo”.
Elizabeth
Jhin afirma, curiosamente, que não é espírita. “Fui criada na religião
católica, mas não frequento a Igreja. Sou simpatizante do budismo, do
espiritismo kardecista e sou apaixonada pela doutrina cristã: amor ao próximo,
a compaixão… Sempre gostei de novelas sobre o tema”
Por outro
lado, afrima que está lendo muito os livros de Allan Kardec, Chico Xavier e
outras obras similares “para não errar nada sobre o espiritismo”.
Justificou sua opção de escrever sobre o tema porque “ as pessoas têm
necessidade de se apegar a alguma explicação sobre a existência”
Uma das
protagonistas da trama, Ana Lúcia Torre, 66, explica que está muito
animada com o novo desafio. “Eu sou espírita e a minha família é
espírita. Desde quatro ou cinco anos, eu já sabia o que fazia. Isso facilita
muito, porque você já tem o entendimento, já é uma coisa sua… Cada um de nós
tem um tipo de mediunidade, que se desenvolve mais ou menos. Mas, todos somos
iguais, somos feitos de energia. Cada um tem a sua”, afirmou ela.
Frequentadora
de um centro de cura, em São Paulo, a atriz terá dois momentos na
novela: viva em procura do filho perdido e posteriomente
continuará ajudando-o, como espírito.
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