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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A MULHER SAMARITANA

3 - PARTE E ÚLTIMA

 
A adoração
Foi quando Jesus respondeu: - Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Jesus ensinou à samaritana que havia chegado o tempo previsto, pois a adoração não mais estava vinculado a um monte, seja o monte de Jerusalém ou o de Samaria.
Jesus solicitou à mulher que cresse n’Ele e que acatasse o seu ensinamento “Mulher, crê-me...” (v. 21). Em seguida aborda uma questão comum aos judeus e samaritanos: “Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus”. Embora os samaritanos entendessem que adoravam a Deus, contudo adoravam-No sem conhecê-Lo. A condição dos samaritanos é a que o apóstolo Paulo retratou aos cristãos em Éfeso: “Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo” ( Ef 2:11 -12).
Ter disposição para adorar a Deus não confere ao homem a condição de verdadeiro adorador, pois igualmente os judeus adoravam, e adoravam o que conheciam, pois a salvação vem dos judeus ( Jo 4:22 ), porém, tal adoração não era em espirito e em verdade (v. 23). Sobre este fato, protestava os profetas: "Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído" ( Is 29:13 ).
A declaração de Jesus iguala judeus e samaritanos, pois ambos acreditavam que adoravam a Deus, porém, a adoração deles era algo proveniente somente da boca, mas longe dos ‘rins’ "Plantaste-os, e eles se arraigaram; crescem, dão também fruto; chegado estás à sua boca, porém longe dos seus rins" ( Jr 12:2 ).
Jesus apresenta a concepção verdadeira de adoração, quando diz: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (v. 23 ). A adoração a Deus só é possível em espírito e em verdade, diferente da adoração com os lábios, que se refere a uma ‘aproximação’ de Deus somente com os lábios, possui aparência, porém, o coração continua alienado de Deus.
O que o Pai procura? Verdadeiros adoradores, ou seja, os que adoram em espirito e em verdade. Segundo as Escrituras, os olhos de Deus procuram os justos, os fiéis sobre a face da terra, pois somente os que trilham o caminho reto podem servi-lo “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá” ( Sl 101:6 ), o que contrasta com a condição do povo de Israel: "Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem a Deus" ( Is 58:2 ).
Ou seja, Deus está próximo dos que O invocam, porém, dos que O invocam em verdade “Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” ( Sl 145:18 ). Somente invocando a Deus ‘em verdade’ a inimizade é desfeita e a comunhão é restabelecida a ponto de o homem se assentar com Deus "E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus" ( Ef 2:6 ).
Como invocar a Deus em verdade? Entrando pela porta da retidão. Somente aqueles que entram pela porta da retidão rende verdadeiro louvor a Deus ( Sl 118:19 ). Só os que entram pela porta do Senhor são fiéis e justos ( Sl 118:20 ), e tão somente sobre estes, os olhos do Senhor está.
Jesus deixa claro que: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”, ora, Deus é Espírito, e Jesus complementa que as palavras que Ele disse são espírito e vida ( Jo 7:63 ), portanto, para adorar em espírito e em verdade é necessário ao homem nascer da água e do Espírito ( Jo 3:5 ), nascer das palavras ditas por Cristo.

A certeza da samaritana
Apesar da necessidade diária de ter que buscar água, o que indicava a condição humilde daquela mulher, pois não dispunha de um escravo, ela possuía uma esperança. Apesar de não pertencer à comunidade de Israel, ela tinha um certeza: - Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
De onde veio tamanha certeza? Ora, tal certeza era proveniente das Escrituras. A confiança dela era firme, pois ela não esperava ter um poço particular, ou um marido só seu. As Escrituras não prometiam melhora financeira ou familiar, mas indicava que haveria de vir o Cristo, o mediador entre Deus e os homens, e que Ele daria a conhecer aos homens tudo o que é pertinente ao reino de Deus.
Diante da confiança da mulher nas Escrituras, Jesus se revela: - Eu o sou, eu que falo contigo! Por que Jesus se revelou àquela mulher, se em outras passagens bíblicas ele orienta os seus discípulos a não revelarem a ninguém que Ele era o Cristo? ( Mt 16:20 ) Porque a verdadeira confissão é aquela que decorre do testemunho que as Escrituras dá acerca do Cristo ( Jo 5:32 e 39 ), e não de sinais miraculosos ( Jo 1:50 ; Jo 6:30 ).
Naquele instante os discípulos chegaram e ficaram perplexos com o fato de Cristo estar falando com uma mulher “E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?” (v. 27).
A mulher abandonou o seu intento e correu à cidade e convocou os homens para que investigassem se o judeu junto à fonte de Jacó era o Cristo “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?” (v. 28 e 29)
Como à época uma mulher era uma cidadã de segunda classe, ela não impôs a sua crença, antes incita os homens a irem e que analisassem as palavras de Cristo. Os moradores da cidade saíram e foram ter com Cristo “Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele” (v. 30).
Novamente as marcas de um verdadeiro profeta tornaram-se evidente: "E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa" ( Mt 13:57 ). Entre os estrangeiros Jesus foi honrado como profeta, diferente de sua pátria e casa ( Mt 13:54 ).
Os discípulos rogaram ao Mestre: - Rabí, come. Jesus respondeu-lhes: - Uma comida tenho a comer que vós não conheceis.
A concepção deles ainda estava focada em necessidades humanas. Foi quando Jesus lhes declarou que estava ‘faminto’ para fazer a vontade do seu Pai, e realizar a sua obra. Que obra seria? A resposta está em João 6, verso 29: “A obra de Deus é esta: crede naquele que ele enviou”.
Enquanto os seus discípulos sabiam ler os tempos em que se dava o plantio e a sega deste mundo ( Jo 4:34 ), Jesus estava ‘vendo’ os campos brancos para a ceifa do Pai. Desde aquele momento em que Cristo estava se manifestando ao mundo os ceifeiros já recebiam o seu salário, e a colheita para a vida eterna já havia iniciado, e ambos, o semeador e ceifeiro, estavam regozijados pela obra realizada (v. 36).
Jesus cita um ditado: “Um é o semeador, e outro o ceifeiro” (v. 37), e alerta os seus discípulos que estavam sendo comissionados a ceifar em campos que não trabalharam (v. 38). Que campos são estes? Ora, os campos que Jesus viu como prontos para a colheita eram os gentios. Eles nunca haviam trabalhado entre os gentios, agora foram comissionados a trabalhar entre os gentios, pois outros já haviam feito este mister, ou seja, alguns profetas como Elias e Eliseu haviam ido aos gentios prefigurando a missão que haveriam de desempenhar (v. 38).
Por causa do testemunho da mulher, que disse: - Disse-me tudo o que tenho feito, muitos dos samaritanos creram em Cristo. Como? Por ela ter dito: - Disse-me tudo o que tenho feito, Jesus foi ter com os samaritanos e permaneceu dois dias com eles, e creram nele por causa das suas palavras ( Jo 4:41 ).
Eles não creram em Cristo somente pelo testemunho da mulher, antes creram porque, ouvindo Cristo anunciar-lhes o reino dos céus, creram que Ele verdadeiramente era o Salvador do mundo ( Jo 4:42 ).

Distorções
Enquanto a proposta das Escrituras e de Cristo era que os homens cressem que Ele é o Salvador do mundo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, etc., em nossos dias há diversos tipos de evangelhos que não promovem a verdadeira obra de Deus, que é: que os homens creiam em Cristo como o enviado de Deus.
A esperança deles não é quanto ao mundo vindouro, em que Cristo virá e levará os que creem para junto d’Ele ( Jo 14:1 -4), antes fixam se nas coisas e anseios deste mundo.
Muitos falsos mestres chamam a atenção dos incautos apontando-lhes necessidades diárias. Por quê? Porque as necessidades dos homens turvam o raciocínio e não os deixa analisar questões lógicas essenciais. O discurso dos falsos mestres sempre aponta para as necessidades do dia a dia para confundir os incautos, pois os seus discursos são vãos.
Há aqueles que se cercarão de mestres segundo os seus interesses e que se voltam às fábulas ( 2Tm 4:4 ). Outros consideram que Cristo é fonte de lucro, e cooptam aqueles que querem ficar ricos ( 1Tm 6:5 -9).
Mas, há também aqueles que possuem aparência de piedade, que não passa de mais uma religião, pois a mensagem deles tem por alvo os órfãos e as viúvas, lutam pela causa dos pobres e necessitados de bens materiais, porém, negam a eficácia do evangelho, pois contrariam verdades essências como a ressureição futura dentre os mortos e a volta de Jesus ( 2Tm 2:18 e 3:5; "Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda?" ( 1Ts 2:19 ).

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